segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Tchau Nina querida...

Meu primeiro resgate aconteceu em 2002.
Eu e minha mãe encontramos uma gatinha com 2 filhotinhos numa cesta na calçada em frente ao nosso prédio.
Trouxemos a família pra casa e conseguimos abrigo para eles com uma protetora que estava precisando de uma mãe de leite para dois filhotinhos órfãos resgatados.
Não tenho fotos dos pioneiros porque não tinha máquina digital nesta época...

No ano seguinte, soube pela síndica do nosso prédio que uma gatinha tinha tido filhotinhos embaixo do deck da piscina e precisavam tirar ela de lá.
Ela era desconfiada e eu nunca tinha ouvido falar de gatoeira, então passei a levar comida diariamente para ela até ganhar sua confiança, e depois de 2 meses consegui pegá-la no colo e depois resgatar os 4 filhotinhos.
Doei 3 filhotes e a mãe e um bebê encalharam e foram morar comigo no Rio de Janeiro em 2004.
Jola & Dado
 
 Em 2006 fui trabalhar fora e levei a Jola e o Dado para ficarem em São Paulo com a minha mãe,e quando voltei não pude buscá-los de volta porque tinha previsão de novas viagens de trabalho.
 
A vida sem gatos era horrível e por isso me candidatei a voluntária para ajudar uma protetora que tinha um gatil no Humaitá.
Eu ia lá 2 vezes por semana dar banho, cortar unhas, medicar os doentinhos e assim aprendi muito sobre os gatos.
Como todo gatil, o problema eram os filhotinhos que chegavam pois são muito frágeis a qq vírus encubado que algum gato do gatil tenha, então passei a ser Lar Temporário dos filhotes resgatados até que fossem doados.

A Nina foi minha sétima gatinha de LT juntamente com 3 gatinhas amarelas. Ela tinha sido resgatada das ruas do centro do Rio de Janeiro, era peluda, muito mansinha e boazinha e logo encantou um amigo que estava passeando em casa. Ele adotou ela com uma das amarelinhas, a Mini.
Nina bebê

Mini bebê








Ambas foram morar com ele num sítio em São Roque. Elas ficavam dentro de casa mas tb passeavam pelo sítio no meio dos cachorros...até que um dia a Mini apareceu morta no gramado, não sabemos se foi algum cachorro que a atacou...enfim, a atenção com a Nina foi redobrada mas ela era esperta, nunca correu perto dos cachorros e só passeava na varanda e e  volta da casa.


Em 2009 comprei o sítio desse meu amigo e foi lá que construí o Lar São Francisco.
A Nina e todos os cachorros fizeram parte da compra, e ela passou a ser a PATROINHA, a dona do sítio e da casa e de todas as camas e de todos que iam visitá-la nos finais de semana, hehehe


Ela era muito gulosa, quando chegávamos no sítio vinha correndo pra cozinha com um miadinho fininho pedir patê, e se deixasse comia uma lata inteira sozinha!

Ela adorava a casa dela, se tinha que vir a SP pra alguma consulta de veterinário, ela fazia greve de fome! E ela teve que vir pra tratar um tumor que apareceu na boca e que foi crescendo até chegar num ponto que ou era removido (tinha medo de alastrar um câncer para todo o organismo) ou impediria ela de comer.




Em outubro fizemos a cirurgia que foi um sucesso, o tumor foi totalmente removido e o melhor, era benigno!!!!!!!!!!!!!!!!!!!As perspectivas eram excelentes, só tinha que esperar a cicatrização para ela voltar a ser a gulosa de antes...mas depois de 15 dias de recuperação ela amanheceu estranha, a minha cuidadora Rose se assustou com uns miados fortes e doídos que ela deu e resolveu levar no veterinário.

Foi o tempo de ir se arrumar e tirar o carro, e encontrar a Nina já sem vida na minha cama....não sabemos se foi coração, se foi alguma coisa desencadeada depois da cirurgia...só sabemos que ela partiu assim, na casa dela, em uma de suas camas,,,sem me dar chance de despedir depois de ter tido a felicidade de saber que ela não tinha câncer...

A vida nos prega peças que na nossa condição limitada de humanos não podemos compreender, mas tenho certeza que ela está me esperando e que vamos nos encontrar de novo e ronronar muito uma pra outra!

TE AMO SEMPRE

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